Palmeira encontrada nos estados do Tocantins, Maranhão, Piauí, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso, o babaçu é utilizado há séculos pelas populações tradicionais como fonte de alimento e material para a construção de casas e energia. Sua importância equivale à sua economia que gera a sobrevivência de diversas famílias, a citar as quebradeiras de coco, mulheres que pelo ofício construíram a sua identidade.

Pode ser encontrada isolada ou de forma massiva, caracterizando babaçuais, sendo também abundante em áreas perturbadas (que ainda não perderam a sua capacidade de autorregeneração). Começa a produzir entre sétimo e oitavo ano de vida, alcançando plena produção aos 15 anos, atingindo em média 35 anos de vida.

Do babaçu se aproveita tudo, a estipe (caule) que pode ser usada no esteio de casa e construção de pontes. Quando cortado, é possível usar a seiva para fazer uma bebida fermentada e também pode-se aproveitar o palmito, que é comestível.

As folhas novas são usadas para diversos utensílios como cestos, peneiras, esteiras e chapéus; as folhas maduras servem para cobrir casas; e seu pedúnculo (haste que sustenta o fruto) fornece um líquido açucarado, bebido depois de fermentado por indígenas.

Seus frutos são valiosos, pois se aproveita a amêndoa para extrair óleo utilizado como alimento, cosméticos, industriais (fabricação de sabonetes, margarina, gorduras especiais e óleo de cozinha), como também pode ser infestado por uma larva, que é comida depois de assada. O óleo de babaçu tem aroma de avelã e é usado em pratos regionais, especialmente à base de peixe.

A casca e o endocarpo lenhoso podem ser usados para fazer xaxim, carvão e fumaça para repelir insetos, assim como para fazer biojóias. Os frutos imaturos são queimados para defumar borracha e o mesocarpo é consumido como manteiga e serve de alimento para animais.

As amêndoas verdes (recém-extraídas), raladas e espremidas com um pouco de água em um pano fino fornecem um leite com propriedades nutritivas semelhantes às do leite humano.

É muito usado ainda na culinária local, como tempero para carnes de caça e peixes, substituindo o leite de coco-da-baía, e como mistura para empapar o cuscuz de milho, de arroz e de farinha de mandioca.