O pequizeiro é uma árvore que habita cerrados, cerradões e matas secas ao longo de todo o bioma Cerrado, florescendo durante os meses de agosto a novembro, com frutos madurando a partir de setembro até o início de fevereiro. Como alimento é bastante consumida, sendo considerada a “carne dos sertanejos”, utilizando a polpa e a semente em preparações como em comidas típicas, bebidas adocicadas, óleos e condimentos. O pequi integra a base cultural do Centro-Oeste brasileiro, sendo um elemento essencial na culinária regional, como a tradicional Galinhada com Pequi. Os frutos devem ser colhidos no chão, quando estão maduros.

  • Polpa: é uma camada fina de sabor exótico que cobre o caroço. Deve ser comida com cuidado, pois o caroço é cheio de espinhos. Da polpa e semente se extrai o óleo usado na fabricação de sabão e também em cosméticos, devido às características do ácido oléico e betacaroteno, importantes na absorção da radiação ultravioleta, estando associado a anti-radicais livres. O óleo da polpa tem efeito tonificante, sendo usado contra bronquites, gripes e resfriados, no controle de tumores. É comum o óleo ser misturado ao mel de abelha ou banha de capirava, em partes iguais, e a mistura resultante ser usada como expectorante.
  • Amêndoa: a castanha existente dentro do caroço é muito saborosa. Para comê-la, basta deixar os caroços secarem por uns dois dias e depois torrá-los.
  • Folhas: delas se faz um chá utilizado como regulador do fluxo menstrual.
  • Flores: são importantes na alimentação de animais silvestres, como a paca e o  veado.
  • Casca: dela se extrai corantes amarelos empregados em tinturaria, contendo igualmente alto teor de tanino.